sábado, 22 de agosto de 2009

Minha voz pela liberdade


Li esse livro. Chama-se "Minha voz pela liberdade". Acabei de ler esses dias. Livro simples, rápido de ler. Ele me foi dado de presente por uma cliente. Na capa uma foto de uma monja nepalesa linda. Ela é a autora. Ela é Ani Chöying Drolma.


Comecei a ler e fui reconhecendo os lugares que ela citava em Kathmandu, no Nepal.

Uma delícia isso!

Descobrir que conheço os lugares que são descritos em um livro que fala sobre a vida de uma monja Budista no Nepal?

Não me acostumo com isso, parece surreal demais pra mim!


Conheço esses lugares...fico emocionada. Ainda me espanto em pensar que já estive nesse pequeno país três vezes! Que já estive de frente para o Himalaya e o sobrevoei três vezes...que já andei pelas ruas de Kathmandu...que as conheço, que já levei meus filhos e meu marido nesses lugares...isso pra mim ainda é motivo de muito encanto e espero que nunca venha a banalizar essa experiencia. Acho que ela é mágica mesmo, e sou muito grata a vida por ter me permitido isso!


Ani Chöying Drolma conta sua história de vida. Como conseguiu transformar o ódio e violência em AMOR!

Ela conta como se deu sua escolha monástica...uma necessidade de sobevivência...pela necessidade de escapar de um pai violento e uma infancia miserável. Nada muito romântico. Necessidade mesmo.


Muitas coisas são lindas nesse livro, mas o que encanta é a descrição da sua luta interna de não se deixar levar pela sua mágoa e raiva, transformando esses sentimentos em música, em beleza, em luz, em paz e amor.


A monja Drolma nos mostra de forma simples como isso é possível. Como a nossa natureza humana pode renascer das situações mais duras...como podemos transformar a dor em luz e conhecimento.


Ela não nega a sua raiva...ela chegar a descrever o seu ódio e violência interna. Ela não se faz de "santa" ela simplesmente se encara de frente, encontra metas luminosas e principalmente, ela não culpa ninguém pela sua vida. Ela se resposabiliza por tudo e por cada mudança que ela deseja.. Ela não espera, não se queixa e, sem pudores nenhum, pensa grande, muito grande!


Os sonhos dela são imensos...aparentemente impossíveis...mas sua força e disposição pra transformá-los em realidade são incomensuráveis...


A psicologia tradicional diria que uma criança vitima de tanta violencia e por tantos anos, teria sua capacidade de sonhar afetadas...teria sua auto-estima e confiança abaladas...mas ela nem sabe o que é isso... ela sabe o que quer. Ela sabe onde quer chegar. Ela simplesmente caminha sem medir esforços e vai!


Ela sabe que LIBERDADE só é possível quando vencemos a nós mesmos, e o caminho dela é em busca dessa liberdade! Ela sabe então, que seu único inimigo é ela mesma, não o seu passado, muito pelo contrário....ela honra e agradece ao pai violento que a ajudou a chegar onde chegou!
Bom livro...nos faz repensar nosso infeliz e destrutivo hábito da queixa e da lamentação!


Namastê!

Ludmila Rohr


Um comentário:

  1. Querida Lud....
    acho que também vou me encantar com
    esta sugestão de leitura .
    abraçOM,
    Rosalice

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